domingo, 26 de janeiro de 2014

Aquele que nos deu o 'nome'.....

                                                         Biografia do Patrono
 

José Veríssimo (J. V. Dias Matos), jornalista, professor, educador, crítico e historiador literário, nasceu em Óbidos (PA) em 08 de abril de 1857 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 02 de dezembro de 1916.
Filho de José Veríssimo de Matos e de Ana Flora Dias de matos. Fez os primeiros estudos em Manaus (AM) e Belém (PA). Em 1869, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Matriculou-se na Escola Central, hoje escola Politécnica, mas interrompeu o curso por motivo de saúde, em 1876, e regressou ao Pará onde se dedicou ao jornalismo e ao magistério, a princípio como colaborador do Liberal do Pará, e posteriormente, como fundador e dirigente da revista Amazônica e do Colégio Americano.
Em 1880, viajou pela Europa. Em Lisboa, tomando parte de um congresso Literário Internacional, defendeu brilhantemente os escritores brasileiros, que vinham sendo severamente censurados, vítimas de injúrias feitas pelos interessados na permanência do livro brasileiro na retaguarda da literatura do Brasil. Voltou á Europa em 1889, indo tomar parte em paris no X Congresso de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica, quando fez uma comunicação sobre o homem de Marajó e a antiga civilização amazônica. Sobre a rica Amazônia são também os ensaios sociológicos que escreveu nessa época, Cenas da vida amazônica (1886) e (1892).
De volta ao Pará, foi nomeado diretor da Instrução Pública (1880-91). Em 1891, transferiu-se para o rio de Janeiro, onde retornou ao magistério, tendo sido professor na Escola Normal (atual Instituto da Educação) e no Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II), dos quais foi também diretor. Interrompera os seus trabalhos de sociologia e de história, ainda no Pará para fixar-se na crítica e na história literária, atividade a que ele se dedicou mais intensamente no Rio de Janeiro.
Criada a pasta da educação pública, logo após a proclamação da República, o seu primeiro ministro, Benjamin Constant, procedeu a reforma do sistema geral de ensino público. José Veríssimo discutiu, no Jornal do Brasil do primeiro semestre de 1892, as reformas introduzidas, delas fazendo uma crítica magistral, que depois acresceu como Introdução da segunda edição (1906) de seu livro "A educação Nacional". Não se deteve apenas nas enormes insuficiências da educação escolar como ele a conheceu e sentiu no seu Estado; repassou, com límpida visão de sociólogo muito da realidade de uma vida doméstica e social do Brasil daquele tempo, com os vícios que a corrompiam, e que o secular regime da escravidão havia arraigado profundamente nos nossos costumes.
Referido sempre como o fundador da revista Brasileira, José veríssimo na verdade dirigiu a sua terceira fase (a primeira foi de Cândico Batista de Oliveira, de 1857 a 1860; a segunda, de Nicolau Midosi, durou de 1879 a 1881). A terceira Revista Brasileira começa em 1895 e vai até 1889, completando vinte volumes em cinco anos. Veríssimo teve o dom de agremiar toda a literatura nacional na Revista. Na sala de redação, na Travessa do Ouvidor nº 31, congregavam-se os grandes valores brasileiros da época, e é de lá que saiu a Academia Brasileira, prestigiada pelos mais eminentes amigos de José Veríssimo: Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Visconde de Taunay, Lúcio de Mendonça, entre outros. 

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